• Grandes educadores da história

Atualmente nos encontramos em uma posição histórica privilegiada no acesso ao conhecimento. Um farto legado cultural, científico e filosófico que resgata a busca do ser humano pelo saber desde os tempos mais remotos. Grandes educadores deixaram como herança toda uma bagagem de experiências que remontam a educação de sua época, marcada eminentemente por conflitos sociais, mas que nos trazem muitos elementos de reflexão para a educação de nossa época.

O pensador mais influente neste processo foi Sócrates, filósofo grego que defendia a troca de idéias para libertar o pensamento e a expressão. Para Sócrates, o papel do educador era ajudar o discípulo a despertar seu espírito, princípio desenvolvido também por seu discípulo Platão, considerado por muitos educadores como o primeiro pedagogo. Para Platão, a alma tinha acesso ao conhecimento antes de encarnar no corpo, ou seja, o acesso a sabedoria não se dá não pela transmissão de conhecimentos, mas sim pela procura de respostas. Santo Agostinho, pensador da Idade Média, dizia que o professor não ensina sozinho, mas depende do aluno, e sobretudo de uma verdade comum aos dois. Para Agostinho, o professor que ensina não transmite, mas desperta o aluno. O período da Renascença foi marcado pelo pensamento de Michel de Montaigne, que acreditava que a verdadeira informação residia em saber procurar, dividir, investigar e exercitar o que é inteiramente próprio de cada pessoa.

O contemporâneo Jean Piajet defendia que o conhecimento se formava a partir do entendimento próprio de cada indivíduo do universo que o cerca. Por fim, Howard Gardner, em sua teoria das múltiplas inteligências propõe que cada ser humano tem um potencial latente, que pode ser despertado através de uma das sete inteligências nativas do ser humano.

Através desta rápida passagem pela história da educação percebemos a homogeneidade do pensamento humano, que resgata uma filosofia centrada na condição natural, ou seja, no entendimento da natureza do homem e de como o processo cultural em que ele está inserido afeta a sua compreensão de vida e dele mesmo. Analisando a linha de pensamento destes filósofos podemos constatar que o processo educacional sempre esteve centrado nas necessidades do aluno, adaptando-se à condição cultural da época, e procurando a partir daí buscar recursos que aportem com o canal do conhecimento.

Na época de Sócrates a relação entre mestre e discípulo era mais direta e se dava por meio do diálogo, o que ecoava diretamente na alma. Na Idade Média a fé religiosa entrou como um canal intermediário, e no renascimento os livros iniciaram o processo de decantação do conhecimento. No período industrial tivemos ainda a influência de muitos conflitos sociais e na era moderna a tecnologia chegou com um arsenal de ferramentas e processos que fragmentaram o conhecimento em muitas vias de informação. Os preceitos que levam o aluno até o canal do conhecimento continuam os mesmos, mas as metodologias educacionais tiveram que dispor de novas ferramentas que acompanhem a mente transdisciplinar do homem moderno.

A partir desta reflexão surgiram novas metodologias educacionais que resgatam estes preceitos, adaptando o método à forma como o homem atual interage com o conhecimento. A frente destes processos estão a teoria das múltiplas inteligências, os mapas mentais, a folksonomia, a educação quântica como metodologias que melhor compreendem as necessidades atuais de alunos e professores.

Os sete princípios de Leonardo Da Vinci, é um estudo baseado na obra de Michael Gelb, que tem por objetivo gerar uma reflexão de todos esses processos e propor um método que agregue as necessidades da atual educação com a riqueza de possibilidades que nos oferece a tecnologia hoje. É um ensaio inspirado na obra de Da Vinci, um dos homens mais visionários da história. O que faria a genialidade de Da Vinci com os recursos que atualmente dispomos? É o que iremos descobrir.

A seguir, temos o estudo destas metodologias, seu impacto no cenário atual da educação, e como o pensamento de Da Vinci integra esses processos e pode servir de referência na construção de um modelo de ensino-aprendizagem que integre tecnologia e conhecimento.